O projeto Territórios, Identidades e Ancestralidades da Bahia valorizou e preservou as práticas ancestrais da comunidade de Tubarão, no bairro de Paripe, Salvador, com foco nas tradições de matrizes africanas e indígenas. A iniciativa promoveu um encontro intergeracional e intercultural que fortaleceu as identidades locais por meio da troca de saberes sobre o território, alimentação e a relação com a natureza.
Como foi realizado?
Identificação e registro de saberes locais: A primeira fase do projeto envolveu ações de reflexão e identificação dos conhecimentos ancestrais presentes na comunidade, especialmente relacionados ao uso de frutos do mar, ervas medicinais e plantas comestíveis. Foram realizadas rodas de conversa, oficinas e vivências práticas para registrar esses saberes e tradições.
Intercâmbio entre Matriarcas: O projeto promoveu um intercâmbio cultural entre as matriarcas da comunidade de Tubarão e matriarcas de aldeias indígenas e quilombos. Esse encontro possibilitou a troca de conhecimentos sobre práticas ancestrais, com foco na alimentação, cultivo de plantas e preservação ambiental. O intercâmbio criou uma rede de fortalecimento mútuo, promovendo o compartilhamento de estratégias sustentáveis que respeitam as identidades culturais e territoriais.
Produção Audiovisual Colaborativa: A última fase do projeto foi marcada pela criação de um documentário colaborativo, com a participação ativa das mulheres do grupo Matriarcas de Tubarão e das jovens produtoras do projeto Favela Revela. O registro audiovisual capturou as vivências, trocas de saberes e a rica herança cultural das comunidades, oferecendo uma narrativa que celebrou suas identidades e ancestralidades.
Observações:
Encontro intergeracional e interterritorial: O projeto teve como enfoque o diálogo entre gerações, permitindo que as mais jovens aprendessem com as mais velhas, ao mesmo tempo em que promoveu o intercâmbio entre comunidades com raízes culturais semelhantes.
Sustentabilidade e preservação: A proposta reforçou o uso sustentável dos recursos naturais, incentivando o cultivo e o consumo de alimentos tradicionais e ervas medicinais locais, fortalecendo a autonomia da comunidade de Tubarão em relação a práticas sustentáveis que respeitam o meio ambiente.
Capacitação e protagonismo feminino: As mulheres foram protagonistas em todo o processo, tanto na troca de saberes quanto na produção audiovisual, fortalecendo sua liderança e capacidade de comunicação para transmitir esses conhecimentos às futuras gerações.