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11 março 2020
Jorgete Lemos

Empoderamento feminino é papo de homem, sim!

Finalmente estamos percebendo que as nossas empresas estão adotando uma estratégia de sucesso, com relação à abordagem do empoderamento feminino.

Trazer os homens para essa conversa é o óbvio e fundamental para entendermos o porquê dos comportamentos antagônicos à mulher em todos os ambientes e particularmente, no ambiente de trabalho.

Destacamos o ambiente de trabalho, pois diz respeito às oportunidades de intervenção do profissional da área de RH, em sintonia e parceira com as lideranças.

Que a diversidade é um dos pilares da sustentabilidade corporativa não há dúvida, mas que essa diversidade, incluindo pessoas com equidade, ainda percebemos restrições. Mas, temos uma certeza: não esperaremos décadas, séculos para essa equidade no que diz respeito à mulher. E o chamado vem da sustentabilidade.

CEPAL

Segundo a Comissão Econômica para a America Latina e o Caribe CEPAL, a “Autonomia feminina deve ser a base do novo modelo de desenvolvimento sustentável”.  Conforme o relatório da CEPAL, a América latina cresceu menos e as desigualdades e a pobreza aumentaram.

O número de mulheres sem renda própria, na região, em 2018 era de 27,5% , ainda maior que o dos homens nessa situação, 13,1%.

DIEESE

No nosso País, os dados referentes à Pesquisa do DIEESE, realizada no quarto semestre de 2019, apontam que as disparidades são mantidas, comparativamente aos anos anteriores, quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho.

RENDA

O Rendimento mensal médio das mulheres é 22% menor que o dos homens e mulheres com ensino superior, 28% menor, ressaltando-se que: mulheres tem salário desigual para o mesmo cargo.

Na região sudeste as diferenças são: Minas Gerais,-28%, Rio de Janeiro,-24%,  Espírito Santo, - 27%  e São Paulo, - 24%.

Nos demais estados a menor diferença entre os rendimentos está no Amapá - 5%  e a maior,no Mato Grosso do Sul, 30%.

USO DO TEMPO

Outro destaque fica para o tempo consumido pelos afazeres domésticos, representando 21 horas semanais para as mulheres, enquanto os homens destinam 10 horas a esses afazeres.

ATENÇÃO À INFÃNCIA

Por essa exposição de dados inferimos que as mulheres que trabalham não dispõem de tempo para a atenção aos filhos, principalmente aqueles que estão na primeira infância e demandam a frequência à creche. As que contam com o benefício creche concedido pela empresa não são a maioria ficando assim, a cargo do poder público o atendimento a essa demanda reprimida.

VIOLÊNCIA

Mas o pior é a violência contra a mulher. É nesse âmbito que as empresas vem atuando, porque tem visão e estão focando a sustentabilidade dos negócios e a sustentabilidade social, que destacamos a urgência e importância da abordagem dos vieses inconscientes.

Precisamos eliminar muitos mitos e temores acerca desses vieses, não naturalizando-os, simplesmente, mas trazendo o tema à superfície, sem o estigma da culpa e do erro, usando a comunicação não agressiva e conteúdo que auxilie as pessoas, homens e mulheres, a reverem sua trajetória de vida e identificar seus próprios vieses.

1º Identificar as suas suposições sobre os outros;

2º Sair da zona de conforto trabalhando  os seus vieses;

3º Desafiar seu status quo fazendo conexões com os diferentes;

4º Dividir conhecimento sobre vieses inconscientes com seu time ou pares;

5º Promover a autorreflexão e a análise de seus comportamentos e

6º Reconhecer que todos temos vieses inconscientes.

Resta identificar o fio desta meada.

Por que odiar as mulheres?

Estereótipos, preconceito, discriminação, misoginia, não necessariamente nessa ordem, mas todos provocam dores, doenças sociais e até a morte. Estamos acompanhando um crescimento vertiginoso nas agressões de toda ordem, sem fundamento, porque como seres racionais, a agressão é inaceitável.

Por que mulheres precisam conversar com os homens?

Porque muitos estão em sofrimento, perplexos, querendo mudar, mas sem saber como começar. Outros sabem e precisam ter o direito de falar para todxs.

Se alguns homens foram ensinados e estimulados a adotarem comportamento machista, sexista,misógino, precisamos, urgentemente, falar sobre esses temas em nossos ambientes de trabalho e mais do que abordar esses temas, praticar atitudes e comportamentos de respeito em toda estrutura organizacional.

Se fomos ensinados a odiar, também podemos ser ensinados a respeitar. O momento é de desconstrução. Não temos tempo a perder.

E não nos esqueçamos:

“Eu quero que os homens comecem essa luta para que suas filhas, irmãs e esposas possam se livrar do preconceito, mas também para que seus filhos tenham permissão para serem vulneráveis e humanos e, fazendo isso, sejam uma versão mais completa de si mesmos”. Emma Watson, embaixadora global da Boa Vontade da ONU Mulheres

Por Jorgete Lemos, Diretora Executiva da Jorgete Lemos Pesquisas e Serviços Ltda. É uma das colunistas do RH Pra Você. O conteúdo da coluna representa a opinião do colunista. Foto: Acervo pessoal.

Fonte: RH Pra Você

Palavras-chave

  • Empoderamento
  • Empoderamento feminino
  • Violência
  • Violência contra a mulher
  • Renda
  • Equidade

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