Você já deve ter ouvido falar sobre as transformações no mercado de trabalho causadas pelo mundo “VUCA” (sigla em inglês que significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade). Pois é, as relações de trabalho estão passando por inúmeras adaptações, o que não significa que não existam resistências e muitos atores presos ao modelo mais tradicional até pela própria pluralidade dos formatos profissionais existentes.
A era das soft skills (conhecimentos que vão além dos técnicos/reprodutivos, relacionados a habilidades interpessoais) traz muitas modernizações e também pontos de discussão importantes. O cenário passa a exigir do trabalhador mais criatividade, agilidade nos processos, habilidades tecnológicas, colaborativas e relacionais e, em contrapartida, precisa oferecer condições para que tais características sejam estimuladas, sem endossar padrões exploratórios. Sim! Até porque padrões exploratórios não combinam com a necessidade por esses conhecimentos, ou seja, condições adoecedoras de trabalho são comprovadamente improdutivas e vão de encontro com a natureza humana, necessária de ser preservada para alcançar uma equipe qualificada nos novos objetivos.
O processo de transformação de práticas baseadas em modelos industriais é um desafio para todos e nem de longe significa que as pessoas não precisam de um direcionamento estratégico. Isso manifesta que as lideranças devem estar se preparando para lidar com as provocações que esse modelo traz, se trabalhando para que o poder e a hierarquia não sejam mais o critério determinante de decisão e sim que exista possibilidade de diálogo, mediados pela âncora do propósito e valores institucionais.
Toda essa discussão evidencia a necessidade urgente de nós, enquanto sociedade, aprendermos a lidar com a diversidade. Os saberes são horizontais, todos têm algo a contribuir e é complexo gerenciar estrategicamente essas contribuições, mas também é extremamente rico. O respeito à diversidade é positivo para todos os envolvidos e já não tem mais como existir apenas no discurso, precisamos partir para a prática e é isso que a Pontos Diversos se propõe a fazer no mundo.
Marina Braga
Estagiária de Comunicação na Pontos Diversos