A temática é inquietante, mobilizadora, suscita reflexões individuais, em grupo e, sobretudo, num coletivo mais amplo numericamente e diverso.
Confesso que, ainda, não me tinha debruçado, mais apuradamente, sobre tais reflexões, o quê não supõe estar alheia a tal compreensão; mas é convite para um novo olhar, oportuno e desafiador. A proposta de adesão do Clube da Diversidade (honra-me!) e, em especial, a leitura e releituras do texto coeso, engajado, comprometido de Carolina Barreto Braga, que inaugura as discussões, abre-me uma visão de busca, com vistas a uma melhor compreensão, tanto teórica/conceitual/prática, quanto (até ouso dizer) filosófica e (porquê não, poética?).
Desde então, vejo-me buscando materiais onde possa encontrar suporte, para sentir-me confortável em participar e, em alguma medida, contribuir para alimentar as discussões e, quiçá, enriquecê-las.
É interessante reafirmar o quanto a cada leitura de um texto, somos surpreendidos (no que inferimos nas entrelinhas) por novas formas de compreendê-lo, a depender do olhar que nos motivou. E foi assim que, em alguns dos livros que me acompanham desde a minha vivência acadêmica, estou encontrando, mais do que poderia supor, contribuições interessantes, valiosas, sobre TERRITÓRIO E IDENTIDADE; do que concluo: o quê buscamos pode estar em materiais com os quais já trabalhamos, por vezes, mas a cada momento com diferentes olhares, objetivos diferentes e, então, fomos guiados por esses objetivos para uma produção específica. E vale ressaltar que, em alguns desses materiais, revisitei sugestões de leituras (inseridas no corpo dos textos), nas quais em momentos outros, não encontrei o quê buscava para uma determinada produção; entretanto, a releitura, nesse momento, surpreendeu-me pelo que tenho encontrado para a presente produção e para alimentar as reflexões/discussões do Clube da Diversidade.
Foi assim que, na minha busca, cheguei a autores como: Pierre Bourdieu, Paulo Freire, Maria Teresa Mantoan & M Cecília C Baranauskas, Stuart Hall, C. Drumond de Andrade, Marjut Rimminem, Clarice Lispector, Erving Goffman, dentre outros.
Percebo-me, portanto, ansiando adentrar no tema com o espírito aberto a novas construções, novas compreensões sobre temas que, não são novos; apenas estão mais latentes, pulsantes, diante das circunstâncias incômodas, inquietantes em que a DIVERSIDADE está mergulhada. Proponho-me, assim, a desconstruir ideias cristalizadas, retomar caminhos espiralados, porquanto dinâmicos.
Texto completo da autora disponível para assinantes do Clube da Diversidade